Não adianta esconder o que sente o coração.


Aqueles sons que me tocavam o fundo da alma, já não tocam tanto assim.
Talvez o tempo não permita, que eu pare comigo mesma, pra deixar que me toquem.
Se fora a minha sensibilidade, aquela de tempos atrás que se faz tão longe que mal consigo expressá-la mais. Não lembro os sentimentos que me tocavam, sei que muitas lágrimas foram derramadas, muitas de tristeza, talvez a maioria... Alguns sorrisos ao recordar o meu passado, as lágrimas, de dor, também pelo meu passado, pela solidão, pela carência, pelo arrependimento.. são tantas as coisas pra chorar e poucas pra rir. As pra rir valem mais, talvez eu só enxergue isso por ter perdido tanto tempo com lágrimas. Hoje as deixo de lado, do lado de dentro de mim, tapo o lugar onde elas ficam pra que não saiam, por mais que pulsem lá dentro. Os sorrisos saem do fundo da alma, talvez lá do lado das lágrimas, mas eles vencem.. e que sigam vencendo, tomando conta, passando energia. Afinal, os sorrisos por mais simples que sejam sempre nos passam um coisa boa. Assim como aqueles sons, aquelas músicas, as letras da músicas, que falam de mim, parecem comigo, as vezes parecem que foram escritas pra mim. Que estranha coincidência. Como pode, uma pessoa que nem me conhece, descrever tão bem a minha vida numa letra de música?
Fica aqui o meu agradecimento, aos artistas cheios de dons, só eles conseguem ainda tocar aqueles sentimentos que eu tanto luto pra esconder.
Música alimenta a alma, limpa a fonte (até as das lágrimas), faz pensar, repensar a vida, lembras dos erros, dá coragem, faz lembrar aquela pessoa que marcou... é arte, é poesia.

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